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Onde estão os seus pilares de felicidade?

  • Foto do escritor: Alessandra Aragão
    Alessandra Aragão
  • há 7 dias
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 6 dias

Fala-se muito em felicidade, mas afinal, o que é ser feliz?


Por séculos, filósofos, pensadores e cientistas tentam responder a essa pergunta. Aristóteles dizia que a felicidade é o propósito maior da existência humana e que ela não se encontra nos prazeres passageiros, mas na realização das virtudes.

A Psicologia Positiva, com Martin Seligman à frente, amplia esse entendimento. Para ele, a felicidade não é um estado permanente de euforia, mas o resultado de uma vida que combina emoções positivas, engajamento, relacionamentos significativos, propósito e realização, os cinco pilares do modelo PERMA.


No conceito de Seligman, “a felicidade autêntica surge quando cultivamos o que há de melhor em nós e usamos isso para contribuir com algo maior que nós mesmos”.

Ser feliz, portanto, não é estar o tempo todo sorrindo, mas sentir coerência entre o que somos, o que fazemos e o que acreditamos. É reconhecer o que dá sentido à própria existência e viver de forma íntegra, alinhada aos valores que sustentam nossa essência.

 

Quando a felicidade é terceirizada


Na prática do dia a dia, é comum percebermos como as pessoas transferem para fora de si o poder da própria felicidade.


Muitas depositam a responsabilidade por sua alegria em terceiros: o marido, a namorada, o filho, o chefe. Outras associam a felicidade a algo que ainda não têm, como o sucesso, o salário, o peso ideal, a casa ou o carro.

Sem perceber, vivem em um ciclo de espera constante, acreditando que só serão felizes “quando algo acontecer”.


Mas a felicidade não é um ponto de chegada. Ela é construída no caminho, nos vínculos que nutrimos, nas escolhas que fazemos e na forma como nos relacionamos com o mundo.


Talvez o passo mais importante seja compreender que a felicidade é, antes de tudo, uma escolha.


É preciso decidir querer ser feliz e, quem sabe, renovar essa decisão todos os dias.


Não porque seremos felizes o tempo inteiro, mas porque podemos treinar o olhar para enxergar as pequenas alegrias que habitam o cotidiano.

Pense em algo que lhe deixou feliz hoje.

Talvez tenha sido uma mensagem inesperada de um amigo, um reencontro, uma vaga no estacionamento, o motorista gentil do Uber, a vitória do seu time, um bom treino, o vôo no horário, uma receita que deu certo, o ingresso para um show, o café da manhã tranquilo, a conversa leve, o filme que emocionou, a gentileza que você fez ou recebeu.


A felicidade se revela nesses instantes, sutis, mas cheios de sentido.

 

Os pilares que sustentam o bem-estar


Por isso, vale a pergunta: onde estão os seus pilares?


Para descobrir, é preciso responder antes: o que me traz alegria, satisfação e realização?

Cada resposta é um tijolo na base da nossa própria construção.


Os meus pilares, hoje, estão no meu trabalho no consultório, na relação com meus filhos, no meu casamento, nas minhas plantas, no vinho compartilhado com amigos e nas viagens que me convidam a novos olhares.

São esses espaços que me lembram quem eu sou e o que realmente importa.


Felicidade não é ausência de dor, mas presença de sentido.

E é por isso que ninguém pode nos fazer felizes ou tristes sem o nosso consentimento.


O poder de ação está dentro, não fora.


Então, pergunte-se:


Onde está o meu poder de ação?

Onde está minha responsabilidade sobre a vida que tenho?

O que estou construindo e recolhendo para mim?


Ser feliz não é um dom, é uma escolha que se renova diariamente.


E talvez seja isso: quando encontramos sentido no que vivemos, a felicidade deixa de ser uma meta distante e se torna presença.


No fim, não se trata de buscar mais, mas de perceber melhor o que já está aqui.


E para você, onde estão os seus pilares de felicidade?



Leia também:“A Fluidez do Tempo”

Uma reflexão sobre presença, impermanência e o valor do agora.

 
 
 

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